Nossa música brasileira se perdeu


Segundo o Wikipédia, a enciclopédia livre, cultura é “todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”. Cultura é também associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade. É a identidade de um povo. Através de danças, lutas, artesanatos e música, o povo se identifica e retrata suas origens aos muitos que admiram e de bom gosto apreciam o apreciável, que independente de seu tempo tornam-se expectadores da arte antiga e atual presente em meio a evolução ou involução social. Entre todas as manifestações artísticas, em uma comunidade e até em uma nação, a música consegue ser o melhor reflexo para outras culturas.

Se a música consegue manifestar a identidade de um povo, então vejo que a nossa identidade “está muito bem representada”. A influência da música no ser humano é inegável podendo proporcionar a excitação, a meditação, a depressão e o relaxamento, apenas para citar alguns efeitos. Externo meu sentimentos aos amantes da boa música, aos apaixonados pela arte, pelo som agradável que em outras épocas causavam expectativas, emoções. Hoje em dia o que se ouve e ver é a degradação cultural com um repertório limitado, empobrecido, infame promovido pelos meios de comunicação atuais. Nos últimos 10 anos, abraçamos uma infinidade de estilos que se infiltraram em meio aos nossos lares e assumiram lugares em que a dignidade e respeito se perderam no meio a apologia as drogas, violência e sexo. Certa vez comentei com uma amiga, que se a música Ai se eu te pego do Michel Telo não tiver conotação sexual, então ela faz apologia a violência nas frases “assim você me mata” e “ai se eu te pego”. Algum sentido ela tem, escolha sua interpretação. Entra ano e sai ano um novo rit assume as paradas de sucesso e sem surpresa alguma, o povo elege exatamente aquilo em que se identifica e exporta para outros países o “sucesso” relâmpago que pelo menos não deveria sair daqui.

Uma música que faz apologias a tudo aquilo que anda as margens da lei e ordem não e música, é lixo cultural que deveria ser proibido de ser veiculado ao alcance das futuras gerações. O som se divide num embate dramático com o pouco que há belo e agradável nos dias de hoje e anda se perdendo enquanto os jovens vão crescendo lado a lado com a degradação musical. O Brasil valoriza demais as músicas com letras medíocres e as faz sucesso em rádios e programas de TV com sua escrita de duplo sentido e apologias às situações mais ridículas onde todos cantam, dançam e consomem, enquanto na mais leve das situações as mulheres são comidas como frutas, perecíveis, consumíveis e descartáveis. Entra ano e sai ano e a musica ganha popularidade, porém perde qualidade, e isso me faz pensa que nossos artistas estão ficando retardados e não conseguem passar uma mensagem sequer aos ouvintes. Ou seria alguma forma nova de transmitir suas mensagens subliminarmente aos fãs? Caso isso seja verdade eu poderia esta sendo um grande preconceituoso a julgar uma letra tão bem elaborada como o “Tchu Tcha”. Seria o “Tchu” uma espécie de paz na terra e o “Tcha” amor entre as nações? Eu poderia esta negando isso e não estou sabendo. (Riscos) Verdade é que nem o autor sabe o significado de tamanha criatividade e do nada criou com sua genialidade da mesma forma como a dancinha do “Creu”, que segundo o “compositor”, ao ver o filhinho falar essa palavra, criou então o “fenômeno” que estourou nas rádios e TV do nosso país.

É isso!

Erivanio Aguiar

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