E quando houver uma terceira guerra mundial...

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A pergunta poderia ser “e se houvesse uma terceira guerra mundial”, subentendendo-se que na hipótese de acontecer um terceiro conflito, poderíamos então imaginar em suas conseqüências. Mas, com o abalo do ataque de 11 de setembro e a invasão dos EUA no Iraque em busca de “armas de destruição em massa”, essa hipótese torna-se numa possibilidade fazendo com que as nações vivam numa eminência de uma terceira e devastadora guerra mundial.

Quando ouvia as pessoas comentarem sobre a segunda guerra mundial ficava espantado quando o assunto era sobre a temível bomba atômica. Claro que tais informações eram fragmentos de um terrível acontecimento que sempre será lembrado como uma mancha negra na história. Com o passar do tempo comecei a questionar sobre a primeira guerra e os motivos nada justos para um conflito mundial entre nações. Concorrência econômica entre potências, rivalidades e o surgimento, na década de 1930, na Europa, de governos totalitários com fortes objetivos militaristas e expansionistas ocasionaram em duas guerras mundiais com um número que supera os 50 milhões de mortos.

Comparando a primeira e a segunda guerra mundial, chegaríamos a uma assombrosa conclusão que se houver uma terceira, ela será rápida, mas devastadora. Porque tantas diferenças entre os eventos? A diferença está na tecnologia, algo bem óbvio a se considerar pelo o que existe hoje. O que eram usados nas duas primeiras guerras, hoje são sucatas e armas ultrapassadas. E é exatamente aí que podemos comparar. As armas utilizadas naquela época tinham um poder destrutivo, principalmente as bombas atômicas e os resultados dispensam comentários. E hoje? Como e quais são as armas que as potências mundiais possuem?  Não conseguirão convencer que posse de armas nucleares seria para auto-defesa. Em toda a história, desde as armas mais rudimentares da idade da pedra, todo artefato bélico inventado pelo homem tem sido utilizado, exclusivamente para a destruição.

A folha Uol publicou em 06/2008: Gasto mundial em armamento militar cresce 6% em 2007, diz relatório. A despesa mundial em armamento militar aumentou com relação ao ano anterior, passando para US$ 1,339 trilhão. Os Estados Unidos encabeçam a lista dos países que mais destinam fundos para o armamento, com 45% desse valor.

É um investimento considerável, pois ainda segundo a nota, este número corresponde a 2,5% do PIB mundial e representa um aumento de 45% desde 1998. O mundo hoje se arma, mas contra o que? E se armam, porque tanto investimento? Qual o motivo de tantas disputas?

Pelo menos 49 países têm armas nucleares ou sabem como produzi-las afirma o Mohamed ElBaradei, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). ElBaradei advertiu que nas tensões políticas globais algumas nações podem materializar seus conhecimentos tecnológicos para transformá-los em armamento.

(Fonte: Terra.com).

Todo armamento gera um custo absurdo que convertido em educação, infra-estrutura ou até mesmo o combate a fome, o mundo seria diferente. É revoltante que países como a Coréia do Norte disponha de bomba atômica em seu arsenal. As dimensões da bomba são incertas. Em Seul se fala em algo próximo a 550 toneladas de poder destrutivo, porém a Rússia a dimensionou em 15 kilotons, muito superior ao petardo que, em 6 de agosto de 1945, caiu sobre a cidade japonesa de Hiroshima.

O Irã segue adiante com o seu programa de enriquecimento de urânio que conduzirá à obtenção da bomba nuclear. A opinião pública mundial posicionou-se contra, porém o regime de Teerã não pensa em deter o processo com o argumento de que o programa é meramente defensivo, ou seja, sem objetivos militares. Duvido muito que seja para auto-defesa visto que o presidente do Irã repetidas vezes declarou que Israel deve ser varrido do mapa do Oriente Médio. O fato é que o armamento nuclear constitui-se num pesadelo mundial.

Se houver uma guerra mundial, a terceira, por motivos diversos, atrevo-me a dizer que ela não duraria tanto. Hoje temos armas complexas e de uma potência extraordinária que não imaginamos e, muitas, sequer tomamos conhecimento. Uma evolução a passos largos, principalmente durante e após a Segunda Guerra Mundial. Atualmente, com o desenvolvimento de mísseis, da energia nuclear, das engenharias química e biológica, as armas adquiriram um poder de destruição surpreendente. Sem exageros, o mundo hoje é uma bomba relógio, que na possibilidade de um terceiro conflito, teria a mesma dúvida de Einstein ao dizer: 'Não sei como será a terceira guerra mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus.'' Albert Einstein ...

É isso...

Erivanio Aguiar

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