A morte de Osama Bin Laden, o que ela representa?



Finalmente, chega ao fim a procura do terrorista Osama Bin Laden, após 10 anos de um dos maiores atentados da história. O líder e fundador da organização terrorista al-Qaeda, ganhou notoriedade depois assumir os atentados de 11 setembro em Nova York e Washington que mataram cerca de 3 mil pessoas. Depois do ataque aos EUA, Bin Laden encabeçou a lista dos dez foragidos mais procurados pelo FBI. Muito antes dos atentados em 2001, o terrorista também foi responsável por vários outros ataques na década de 90. Isso fez com que em 1996 fosse criada uma “Estação da Questão Bin Laden”, uma unidade especial formada por uma dúzia de autoridades para analisar dados de inteligência e planejar operações contra o milionário saudita. 

A morte de Osama Bin Laden ocorreu durante a Operação Geronimo em 01 de maio de 2011. Em conferência de imprensa o presidente Barack Obama informou que o terrorista tinha sido morto em operação militar na cidade paquistanesa de Abbottabad. Foram 15 anos de tentativas frustradas de capturar ou matar Bin Laden antes de localizá-lo em uma casa no noroeste do Pasquitão. Depois do anúncio da morte do terrorista, multidões se reuniram diante da Casa Branca, no Ground Zero, no Pentágono e na Times Square para comemorar. Podem ter matado um dos maiores lideres do terrorismo, mas a guerra ao terror nunca terá um fim. Bin Laden o inimigo número um dos Estados Unidos pode se tornar tão perigoso morto do que vivo. Ele era odiado por muitos, mas, para muitos outros, era um herói.

Porque foram necessários 15 anos para enfim ter este desfecho sobre o homem mais procurado da história? Muitos comemoram, mas o perigo continua e a sensação não é de alivio, mas de justiça. A morte de Osama Bin Laden significa apenas a resposta americana quanto ao atentado, mas nunca o fim do terrorismo. Não significa também que haverá tempos de paz e segurança, sensação nunca antes vivida pela terra do tio San. Os Estados Unidos nunca foi um país livre independente. Sempre alvo de ataques e centro de grandes revoltas principalmente de países como o próprio Paquistão, a nação nunca terá enfim um período de tranqüilidade. Com a morte de Osama, quem garante que não haverá uma vingança por parte de seus seguidores? Ele conseguiu realizar a façanha do 11 de setembro sem precisar sair do Afeganistão e muitos outros sequer necessitaram de seus esforços físicos. Sua palavra autoritária era responsável por tudo que até hoje assombrou o mundo. Foram 15 anos de procura, sendo 10 só após os atentados em Nova York, pois caso toda estrutura da tal “Estação da Questão Bin Laden” tivesse tido seu merecido êxito, o líder da Al-Qaeda deveria ser hoje apenas uma memória irritante que afrontou o mundo em 1998 e início de 1999.

Na rede social Facebook, comunidades em apoio ao líder morto já contam com mais 650 membros e alguns se identificavam como “jihadistas” e prometiam vingar a morte de seu líder. Podem ter matado um terrorista, mas a guerra ao terror está longe de ter seu fim.
É isso.

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