Edição 25/06/09

Sessão Senado Seleção de notícia relacionadas a Crise no Senado. Deveria vira livro.

Desde que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), assumiu o cargo, em fevereiro, vieram à tona diversas denúncias, como o pagamento de horas extras no período de recesso parlamentar e a publicação de atos secretos para a contratação de funcionários, entre eles parentes de Sarney.

A crise no Senado, que culminou com a divulgação de que ao longo dos últimos anos houve 663 atos da Mesa não publicados, domina, pelo segundo dia consecutivo, os debates em Plenário.

Dois diretores do Senado deixaram seus cargos após denúncias. Agaciel Maia deixou a diretoria-geral da Casa após a Folha revelar que ele não registrou em cartório uma casa avaliada em R$ 5 milhões.

Reportagem da Folha mostra que mais de 3.000 funcionários da Casa receberam horas extras durante o recesso parlamentar de janeiro. O Ministério Público Federal cobrou explicações da Casa sobre o pagamento das horas extras trabalhadas no recesso.

Em março, a senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), líder do governo no Congresso, foi acusada de usar parte da cota de passagens do Senado para custear a viagem de sete parentes, amigos e empresários do Maranhão para Brasília. Por meio de sua assessoria, a senadora disse que nenhum dos integrantes da lista de supostos beneficiados com as passagens viajou às custas do Senado.

No lado oposto, veio à tona a informação que Viana cedeu o aparelho celular pago pelo Senado para sua filha usar em viagem de férias ao México.

No dia 10 de junho, o jornal "O Estado de S. Paulo" publicou um levantamento de técnicos do Senado mostrando que atos administrtivos secrets -- entre eles o do neto do presidente do Senado, José Sarney -- foram usados para nomear parentes, amigos, criar cargos e aumentar salários. Os atos secretos teriam sido assinados na gestão de Agaciel Maia.

Contas paralelas do Senado são legais, diz Heráclito Fortes
Fonte: g1.com.br

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse nesta quarta-feira (24) que as supostas contas paralelas do Senado são legais. Segundo ele, a comissão de sindicância que iria apurar o caso deve ser suspensa. A existência de duas contas paralelas à Conta Única do Tesouro Nacional, meio oficial para movimentação de recursos por órgãos da administração pública, foi revelada nesta quarta-feira pelo senador Renato Casagrande (PSB-ES). Segundo ele, o saldo dessas contas é de R$ 3,7 milhões.

Em nota, o Prodasen afirma que as duas contas, ambas na Caixa Econômica Federal, são legais. Uma delas é usada para arrecadação e a outra, de poupança, recebe recursos por serviços prestados a outros órgãos públicos. Segundo o Prodasen, a medida é autorizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

A existência das contas surgiu em meio às denúncias de escândalos sobre a administração do Senado. Foi divulgada a lista de 663 tos secretos usados para a nomeação de funcionários – muitos deles ligados a parlamentares, como o próprio Sarney –, aumento de salários e criação de comissões.

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